Com mais de duzentos participantes a assembleia do Sisemcam- Sindicato dos Servidores Municipais de Camboriú, deliberou ontem (15), por unanimidade, entrar em greve caso os trabalhadores não sejam ouvidos pelo Prefeito Elcio Kuhnen.
O problema enfrentado pela categoria é a reforma da previdência que segundo o Sindicato, está sendo comandada pelo CamboriuPREV- Instituto de Previdência de Camboriú- que apenas comunica as decisões e não debate as mudanças que vão tirar direitos do funcionalismo público. Outro ponto questionado durante a assembleia, foi de que o Instituto não é presidido por um funcionário de carreira.
Segundo a Presidente da Sisemcam, Luciana Sobota, foram feitas reuniões com o executivo e com a autarquia, “O Prefeito está ciente da insatisfação dos servidores com esta comissão que não nos dá voz nem voto.”, desabafa.
Mais tempo de serviço e menos direitos
A reforma da previdência é obrigatória, entretanto, as regras impostas pelo executivo podem variar em cada munícipio. Entre as alterações estão, a possibilidade do aumento no tempo de contribuição, a cobrança alíquotas dos ativos e inativos, de acordo com a entidade que defende os trabalhadores. “Esta dívida é da Prefeitura e não do nosso servidor que já tem o menor salário da Amfri”, explica o economista do Sisemcam, João Medeiros.
“O Instituto criou um guia para o servidor propor sobre a reforma, porém uma reforma previdenciária como esta necessita de um estudo aprofundado. Fizemos vários questionamentos fiscais e econômicos, até agora sem resposta. O prazo de 22 de Setembro para as sugestões é absurdo”, finaliza Luciana Sobota.
Reajustes só no papel
Cerca de dois mil servidores aguardam desde o início do ano pela reposição dos índices da inflação de 4% referentes à 2019 e de 5,2% referentes à 2020. A negociação das perdas inflacionárias só foi possível após manifestações em frente à Prefeitura e com outdoors espalhados na cidade e ainda não foi paga. Após a assembleia, uma comissão exige uma reunião urgente com o Prefeito.
Deliberações
Após a assembleia, uma comissão exige uma reunião urgente com o Prefeito.
Entre as principais deliberações da assembleia de ontem estão: solicitar prorrogação do prazo para análise das regras da reforma, realizar abaixo assinado para suspender a reforma da previdência, não aceitar nenhum ponto da reforma de previdência assim como, não assinar documento referente à reforma, solicitar a substituição dos gestores do RPPS por servidores efetivos e realizar paralisações nos postos de trabalho até que a realização da greve seja decidida.
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